sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Aguardente DOC "Lourinhã"

No espaço europeu, só existem 3 regiões demarcadas para a produção de aguardentes. Qualquer cidadão deste espaço com conhecimentos básicos de bebidas, saberá identificar duas delas - Cognac e Armagnac. Duvido que muitos saibam identificar a terceira.

Pois. É a Lourinhã.

Durante anos e anos serviu para encorpar os vinhos do Porto. Há cerca de 30 anos abriram-se finalmente os olhos para a sua qualidade intrínseca, com o auxílio da Estação Vitivinícola Nacional e, em 1992, o seu mérito foi reconhecido com a publicação do DL n.º 34/92 que estabelece a REGIÃO DEMARCADA DE AGUARDENTE VÍNICA DE QUALIDADE COM DENOMINAÇÃO DE ORIGEM CONTROLADA "LOURINHÃ".

O estabelecimento de uma região demarcada não é um acto gratuito - traduz a importância de um produto e, portanto, será lógico concluir que "Lourinhã" - "Lourignac" como já li algures - tem um nível equiparado às suas congéneres francesas. Ninguém diria, pelo silêncio que ainda se abate sobre ela...

Existem (que eu tenha conhecimento) só duas empresas a pr\oduzir este veludo:

-  Adega Cooperativa da Lourinhã: Cor topázio intensa, aspecto cristalino. Aroma vinoso discreto, com notas de madeira tostada e ligeira resina. Boca simples mas correcta, corpo médio, com ligeiro resinoso e toque amargo no final (vinhos de paixão);



- Sociedade Quinta do Rol: Cor topázio intensa, aspecto cristalino. O nariz a revelar toque vinoso, frutado, com destaque para a madeira bem integrada: avelãs, nozes e grãos torrados. Na boca mantém carácter frutado, com boa untuosidade, macia, termina longa e ligeiramente seca (vinhos de paixão).


A primeira é a mais difundida. Mas aquele rótulo... Que garantias de sucesso na internacionalização com aquele ar tão pouco apelativo?

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