sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Um jantar merecido

Para além dos meus pais - que me influenciaram conscientemente - e dos meus padres - que o fizeram deliberadamente-, na minha vida só reconheço a sombra tutelar de um verdadeiro Mestre. Mestre no sentido mais coevo do termo - a mão que nos molda a consciência do mundo, a palavra que nos ensina, a razão que nos provoca as ideias.

Esse Mestre - José Carlos da  Cruz Teixeira, um dos melhores Historiadores da Arte portugueses e o maior especialista em Pintura Portuguesa do Renascimento - ensinou-me um dia que, por ser único, o prazer não é partilhável. Eu acredito nisso. Mas também acredito que o podemos comunicar na esperança que ele possa ser evocador de outros prazeres nos receptores, todos diferentes, todos igualmente fortes.

Hoje o dia correu-me bem e permiti-me oferecer-me este prazer,

Um mozarella de bufala, um tomate solar, manjericão, alface roxa, rúcula e anchovas fumadas. Azeite 0.7º, pimenta preta sobre o queijo e flor de sal.

Prazer.

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