domingo, 12 de setembro de 2010

Comunidad de Madrid - Produtos e Regiões Protegidas

Algo me diz que a criação da Comunidad de Madrid foi em simultâneo uma resposta ao desejo de autonomia catalão e uma manifestação do carácter centralizador da capital. Resposta a Barcelona porque também reivindica para si uma parte do território espanhol; manifestação de centralidade porque se coloca como região e não como sede de uma região com outro nome (no caso Castilla-La Mancha).

Para quem está de fora, ver assim transformada uma cidade em região parece bizarro, principalmente se essa cidade que sempre foi a corporização de uma Espanha una, se converte em mais um dos retalhos autonómicos em que o país se transformou.

País que cada vez se parece menos com uma Nação. Enquanto existir um cimento comum - o Rei, la Roja... - ele parece aguentar-se. Durante quanto tempo resistirá? E depois?

Bom, reflexões deste estranho estrangeiro à parte, Madrid é uma cidade que sabe saber bem.

Ainda que tomada por alguns caça-níqueis alimentares para turistas, a Plaza Mayor

(daqui)
é um belíssimo ponto de começo para ir de tapas, esse desporto mais espanhol que os toros da Osborne que povoavam os horizontes da meseta.

Sugiro (porque me dei bem, levado por gente amiga e porque não conheço mais nenhum) começar nos bares situados no canto que se vê na fotografia e depois seguir para a Cava de San Miguel que lhe está adjunta do lado exterior, para os Mesóns da Tortilla e do Jamon e vizinhos enquanto se tiver capacidade...

Estes são algumas das coisas que é imprescindível experimentar (mas há tantas mais!...) acompanhadas de cañas, copas de viño ou de sangria:

Patatas bravas (fonte-wiki)


Gambas al ajillo (fonte-wiki)
Gambas en gabardina (fonte-wiki)
Tortilla de patatas (fonte-wiki)
Chorizo (fonte-wiki)


Banderillas (fonte-wiki)
Ración de calamares (fonte-wiki)
Caracoles a madrileña (fonte-wiki)
E depois há os pratos típicos,

Cocido Madrileño (fonte-wiki)
Callos a la mmadrileña (fonte-wiki)
De restaurantes está a cidade cheia, dos centenários

Restaurante Sobrino de Botín. Segundo o Guiness, o mais antigo do mundo, fundado em 1725.
aos ultracontemporâneos

La Terraza del Casino. Chef Paco Roncero, com consultoria de (who else?) Ferran Adriá
Ler mais aqui

E será sempre bom, digerir tudo isto com um passeio pelos jardins de El Pardo


pelos jardins de Aranjuez

(fonte ojodigital.com)
ou pelos corredores da biblioteca do El Escorial

(fonte-wiki)
No intervalo de tudo isto, olhar para a lista seguinte e pensar onde comprar,


CARNES FRESCAS Y DESPOJOS
CARNE DE ÁVILA ; CARNE DE LA SIERRA DEL GUADARRAMA


A estas denominações de origem acrescentam-se outros alimentos que alcançaram notoriedade no resto do país como o queijo de Campo Real, os alhos de Chinchón, o requeijão de Miraflores de la Sierra, os melões de Villaconejos, o grão de Navalcarnero, os doces dos conventos de Alcalá de Henares e os morangos e espargos de Aranjuez.


TRADICIONALES GAMBAS EN GABARDINA


INGREDIENTES
Gambas médias ; Cerveja ; 2 gemas de ovo ; Farinha ; Açafrão : Sal ; Fermento ; Azeite 


PREPARAÇÂO
Pelam-se as gambas com cuidado, deixando a cauda. Com as cabeças, fazer um caldo com pouca água, uma folha pequena de louro e uma pitada de sal, fervendo 15 minutos. Coar e deixar reduzir até que o líquido fique untuoso. Reservar.
Fazer uma pasta: sobre as gemas acrescente-se uma colher de sobremesa do fermento, sal e açafrão e logo ir acrescentando a farinha e a cerveja morna progressivamente. No fim deve ficar bem homogénea e espessa como um molho branco. Deixar repousar pelo menos uma hora.
Passar as gambas bem secas nesta massa e fritar em óleo a alta temperatura e imediatamente. Colocar em papel absorvente,


(tirado daqui)

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