sábado, 5 de novembro de 2011

Dia de Muertos. Muerto.



Há o Halloween, uma das inúmeras exportações americanas de Hollywood reciclada das herdadas tradições.

Há o nosso Dia dos Fieis Defuntos que se insiste em confundir com o prévio feriado de Todos os Santos de má memória para a memória de Lisboa.

Há o Dia de Muertos mexicano. Que nos serviu de inspiração para mais uma empenhada incursão na arte de bem convivializar em toda a mesa. Inspiração, não cópia que somos desalinhados militantes e rapidamente desistimos de tentar emular o que leva toda uma vida a incorporar.

O início foi canónico quanto baste, um Viva Zapata! (o qual duvido que tenha algo mais de mexicano que a história inspiradora) com Tequila Sunset baseado no aprendido com o chef Joaquim Sousa mas que logo derivou, por falta de jeito, de ingredientes, de tempo, para esta coisa que ficou bem na fotografia e nas observações da quantidade de gulosos que estavam naquela casa: um pingo de xarope de groselha (que, em alguns copos, dado o exagero do bocal da garrafa, se transformou num mar), uma gelatina fofa de sumo de laranja e tequila e uma espuma do mesmo (curioso como as cores são diferentes).



Entretanto a cozinha estava eufórica com a profusão de promessas de sombreros e mariachis trazidos pela Maria José (ALTO! Conhecem a Maria José e o futuro do comércio agrícola em Portugal que é a sua banca no mercado do Príncipe Real? Têm de.)





E enquanto eu me entretinha com ceviches de camarão e molhos picantes (que, obviamente me esqueci de registar, esquecida a máquina face ao multitasking que a gestão de tão profissionalizada cozinha obriga...), o Fernando e a Amaryllis produziam um guacamole de lamber os dedos (porque os nachos eram mais pequenos que a vontade de os barrar no molho).



O pan de muertos foi uma descoberta. Acho que lhe chamam isso por ter a capacidade de ressuscitar a boa disposição de qualquer um.




 E depois houve este prato que parece couscous mas que foi feito com milho e soube, oh soube bem!



E este princípio de salada de feijão que começou assim e depois foi continuada com os pimentos lá de cima e mais pimento vermelho e cebola, vinagre e azeite.



Para dar um toque cosmopolita (isto é, porque cedemos às pressões texanas) também se ofereceu chili con carne que não nasceu no México mas é como se tivesse, uma vez que a esmagadora maioria do mundo está habituada a entendê-lo como tal.


E os doces, aquela coisa a que eu não ligo muito (excepto se forem feitos pelo Joaquim Sousa...) mas que a todos agradaram.

Pudim de batata doce

Pudim de amêndoa
Olé!

(Ai... Olé pode-se dizer? Não é espanhol? É, mas há touradas no México... E não é politicamente incorrecto evocar a tourada? Hum.)

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